O desequilíbrio na produção dos hormônios, seja por falta ou por excesso, afeta diversas atividades fisiológicas, ocasionando doenças e interferindo também na qualidade de vida e no bem-estar. Os sintomas vão desde a um aumento e/ou perda de peso repentino até depressão.
As principais disfunções hormonais
O desequilíbrio dos hormônios afeta tanto homens quanto mulheres. Para entender melhor sobre, você pode ler este artigo que publicamos recentemente. Conheça algumas disfunções hormonais e como elas afetam a saúde.
Hipotireoidismo e hipertireoidismo
A glândula tireoide é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). O T4 é responsável pelo metabolismo, humor e temperatura corporal, entre outras coisas. Já o T3, mantém o controle muscular, funções e desenvolvimento do cérebro, coração e funções digestivas. Além disso, ele desempenha um papel na taxa metabólica do corpo e na manutenção da saúde óssea.
Quando em níveis desregulados, promovem alterações no organismo. No hipertireoidismo, ocorre o excesso na produção, provocando ansiedade, irritabilidade, calor excessivo, insônia, dificuldades cognitivas, perda de peso, tremores e queda de cabelo.
O hipotireoidismo acontece quando os hormônios estão mais baixos que o normal, resultando em ganho de peso, problemas de memória e confusão mental, fadiga, letargia e ressecamento da pele.
Diabetes
A diabetes é causada quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, que é o hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue. Quando o nível da glicose fica elevado, ocorre a hiperglicemia, levando a danos nos vasos sanguíneos, órgãos e até nervos.
Síndrome dos ovários policísticos
A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, mas também está presente na mulher, sendo produzido pelos ovários. É claro que, em comparação, os níveis de testosterona na mulher são bem inferiores aos do homem. Quando desregulada, pode ocasionar cistos nos ovários, que causam acne e irregularidade na menstruação. A Síndrome dos Ovários Policísticos acontece quando a testosterona está em nível mais elevado que o necessário.
Obesidade
A obesidade merece um capítulo à parte, pois pode estar correlacionada a diversas questões hormonais bem como aos hábitos de vida. Alterações do estrogênio, testosterona, progesterona e cortisol contribuem para o sobrepeso.
O cortisol é essencial para o modo de sobrevivência, mas em excesso, desencadeia alterações, causando o aumento do apetite e o armazenamento de glicose como gordura. Entenda por que o cortisol interfere no metabolismo.
Já as alterações nos hormônios da tireoide são fatores de risco para o sobrepeso. E ainda, o estrogênio (hormônio sexual feminino) e o androgênio também influenciam em como a gordura se distribui pelo corpo. Outras disfunções associadas à obesidade são a produção de leptina (hormônio da saciedade) e grelina (hormônio da fome).
A leptina atua reduzindo o apetite e aumentando a energia gasta em repouso – metabolismo basal. Sua produção segue o ciclo circadiano (período de 24 horas). Entenda mais sobre o ciclo circadiano.
Quando o cérebro não recebe o sinal da leptina, ele automaticamente presume que corpo está passando fome, mesmo que tenha mais do que o suficiente, aumentando os níveis de grelina, que estimulam o apetite e o armazenamento de gordura. E, se junto a isso, você ainda está passando por estresse, dormindo mal, acaba virando uma bola de neve, já que o funcionamento dos hormônios estão interligados.
Andropausa e menopausa
Com o envelhecimento, homens e mulheres enfrentam o declínio na produção dos hormônios. A menopausa marca o fim da fase reprodutiva para a mulher, com a diminuição do estrogênio.
A andropausa, para o homem, reduz a produção de testosterona. A queda na produção hormonal ocorre de maneira diferente para homens e mulheres, mas ambas causam prejuízo na qualidade de vida. É nesse momento que aparecem doenças oportunistas como o Alzheimer, osteoporose, além da depressão e ansiedade.
A adoção de hábitos saudáveis pode auxiliar na manutenção da qualidade de vida durante a fase. Como mencionamos em outro artigo, ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos, cuidar do estresse e dormir bem são indispensáveis para alcançar o bem-estar e ter saúde.
Os hormônios e a saúde mental
As disfunções hormonais também podem afetar os níveis de neurotransmissores no cérebro, prejudicando a saúde mental e levando a doenças como depressão. A dopamina e a serotonina são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, que regulam o humor e a liberação de alguns hormônios, provocando a sensação de bem-estar e felicidade.
Quando seus níveis estão baixos ou elevados, alteram o funcionamento do cérebro. A redução da serotonina e dopamina induz à tristeza, apatia, fadiga, insônia e perda de apetite. Em níveis elevados, levam ao nervosismo, irritabilidade e inquietação. E, em ambos os casos, desregulam o humor.
O mesmo vale ainda para a ocitocina e a endorfina. Juntos, esses 4 neurotransmissores são conhecidos como os hormônios da felicidade.
Ao longo dos últimos artigos, explicamos sobre o porquê é importante manter o equilíbrio hormonal e como ele afeta a vida nos aspectos físico, mental e emocional. Também demos exemplos de atitudes que você pode tomar em busca de uma vida mais saudável. Nenhuma dessas dicas substitui um exame completo, por isso, se você desconfia de alguma alteração, converse com um profissional indicado.
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