Existem diversas maneiras de ressignificar a partida de alguém. Com certeza, uma das mais bonitas delas, é pensar que um único doador de órgãos é capaz de salvar ou melhorar a vida de mais de 20 pessoas. Por conta disso, incentivar a doação de órgãos e avisar familiares e amigos sobre a vontade de se tornar um doador é um ato nobre que gera segundas, terceiras e diversas outras chances a quem, há muito tempo, trava uma batalha com a morte.
Porém, o número de pessoas que acabam falecendo enquanto esperam na fila para recebimento de órgãos infelizmente é alto. Na fila de espera por rins, por exemplo, existem quase 35 mil pessoas, tornando o órgão um dos mais esperados e valiosos. Isso torna o procedimento de transplante raro, de tamanha importância e que não admite erros. Hoje, aqui no blog da CallMed, a gente te conta sobre os reais benefícios de contar com médicos capacitados para cirurgias de doação e recebimento de órgãos. Acompanhe esse conteúdo até o final e reflita sobre sua responsabilidade nesse processo.
Milhares de procedimentos todos os anos
Cirurgias de transplantes de órgãos podem ser realizadas em casos de vida, óbito ou morte encefálica. Em nenhum dos casos, o paciente sente dor. No ano passado, apenas pelo SUS, mais de 12 mil procedimentos foram realizados.
Ainda assim, a conta não bate: mesmo com milhares de procedimentos, ainda sobram muitas pessoas nessa fila de espera. Em 2021, mais de 53 mil pessoas aguardavam por sua segunda chance e mais de 4 mil pacientes vieram a óbito enquanto esperavam por sua vez.
No SUS, existem alguns critérios para classificação dos pacientes nesta fila. A gravidade do caso, o tipo de órgão necessitado, mobilidade e ordem de chegada são fatores que determinam a posição de quem espera por doação.
Fatores estruturais que impedem uma segunda chance
Muitos fatores podem ser enfrentados por quem aguarda. A resistência familiar a realizar o desejo de doar órgãos de quem faleceu é apontada como um dos grandes obstáculos. Segundo Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), quase 50% das famílias de doadores de órgãos recusaram a doação em casos de morte encefálica. Muitos familiares pensam que, em alguns casos, o paciente sentirá dores. Além do corpo humano já não responder aos estímulos causados por cortes e incisões, o trabalho do anestesista também é indispensável.
Um segundo fator decisivo é a preocupação que os responsáveis pelo doador possuem quanto à sua aparência, pois seu ente querido “pode ficar deformado”. Médicos preparados sabem explicar que, após a retirada dos órgãos, o corpo permanece como antes, sem deformidades. Sendo assim, a maior inimiga da doação de órgãos é a desinformação. Por isso, investir na contratação de médicos que atendem de maneira humanizada e que saibam conversar de maneira atenciosa, transparente e dedicada, nesses momentos faz toda a diferença.
Equipe de qualidade para transplantes de sucesso
Um transplante de órgão pode ser a última chance de alguém que está enfrentando algum quadro grave de doença. Assertividade na cirurgia e profissionais responsáveis, que trabalham apoiados na ética, são essenciais para cirurgias onde não há espaço para erros graves.
Além disso, vale a pena lembrar que, por mais que em alguns casos o doador já não esteja mais vivo, para uma cirurgia de transplante de coração, uma equipe multidisciplinar se faz necessária, por exemplo. Dois ou mais cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, instrumentistas e profissionais que saibam o tamanho da responsabilidade que assumem devem ser convocados.
O cuidado com o órgão e seu armazenamento também é fundamental. Agilidade no transporte e na velocidade do procedimento, também. Na maioria dos casos, o médico precisa correr contra o tempo. As córneas podem durar até 7 dias após serem retiradas do doador falecido, já o coração e o pulmão não podem passar mais de 6 horas fora do corpo humano.
Palavras e termos que podem ajudar você, médico
Como forma de contribuir com esse processo, separamos alguns termos que podem substituir outros na construção de um atendimento humanizado e respeitoso:
- Entrevista familiar – Termo recomendado
- Abordagem familiar – EVITAR
O termo “abordar” muitas vezes pode ser relacionado com contextos criminais de investigação. O termo “entrevista” suaviza e demonstra proximidade de quem possivelmente está fragilizado.
- Retirada/Remoção/Extração de Órgãos – Termo recomendado
- Captação de órgãos – EVITAR
Em alguns casos, o termo “captação” pode passar a ideia de imposição ou de um ato que não se desenvolve com naturalidade.
- Morte Encefálica – Termo recomendado
- Morte Cerebral – EVITAR
O termo “morte encefálica” representa o não-funcionamento de toda uma estrutura que envolve cérebro e tronco cerebral, o que pode facilitar o entendimento de quem precisa entender que a questão vai muito mais além do que o desligamento do cérebro.
Atendimento que conecta, aproxima e tranquiliza
Os médicos da CallMed são especialistas em cuidar. Cada um de nossos profissionais é altamente treinado para tratar cada paciente de maneira humanizada e transparente. Obtenha o índice de sucesso em cirurgias de transplante de órgãos que você procura entrando em contato conosco. Fale com a gente agora e receba uma equipe preparada onde você precisar